segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Domesticados


Voltei da guerra vitorioso,
Ou seria derrotado?
Amigos se foram, não voltam mais.
Lembrarei desses grandes guerreiros,
Heróis, soldados.
Triste lembranças,
Me assombram, me desolam.
A batalha, mais uma vez, inútil,
Todos saíram derrotados.
Venceram aqueles que não lutaram,
Que viram seus irmãos ao chão,
Banhados em sangue e lágrimas.
A marca da liberdade que patrocina a ganância.
Grandes pequenos líderes, covardes.
Sei que isso um dia terá fim,
A ignorância não nos tomará mais,
Não nos aprisionará mais,
Pois seremos para sempre livres...
O voo dos soldados, a queda de irmãos.
Como pássaros arranham os céus,
Como uma pena caem.
Qual será o impacto de uma pena no chão?
Qual será o peso das lágrimas daqueles que ficam?
Quem gritará nosso brado de vitória e liberdade?
Enjaulados em nossa própria ingenuidade,
Ludibriados por nossos maiores medos,
Encurralados por nosso silêncio,
Que nos sufoca, mas, muitas vezes, nos distrai.
Marchamos nas ruas em desilusão,
Fingimos uma revolução,
Tudo em troca da redenção de nossos pecados,
Pois já fomos, pelo nosso próprio orgulho,
Domesticados.


Wl

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