sexta-feira, 28 de junho de 2013

E que seja...


E que cada palavra vire poesia,
Cada abraço seja único
Que cada aperto de mão seja de paz
Que cada olhar seja sincero
Que não exista adeus ou saudade
Que seja tudo como o brilho do Sol,
Radiante a nos abraçar com sua graça cada manhã
Que seus olhos iluminem a escuridão,
Que sua lembrança afaste a solidão
Que seja cheio de sonhos
Que seja, que seja...
Perfeito, como o pôr-do-sol
Tranquilo, quantos os fins de tarde
Aconchegante quanto o Teu colo
Amável, como a Ti
Que seja, que seja...
Assim...


Wl

domingo, 16 de junho de 2013

Apunhalada


Ele tentou abrir os olhos, por trás de tanta dor, 
Buscava as palavras, não sabia mais o que dizer, 
Estava sufocando por aquela forte dor, 
Mal saiam sussurros da sua boca, e ele sabia que ninguém iria ouvir. 
Muitas vezes ele tentou gritar, 
Mas parecia que ninguém queria, era mais fácil ignorar. 
E tudo foi ficando mais negro, aquilo era bom, 
Ao menos ele não enxergava mais nada. 
Estava cego pela dor, não poderia nem mesmo olhar em seus olhos, 
Mesmo sabendo quem estava do outro lado do punhal, 
Estancado em seu coração, 
Sujando as próprias mãos por algo que acreditava ser o certo, 
Mesmo o seu coração dizendo o oposto. 
Queria descobrir se estava tudo certo, mas preferiu não arriscar. 
Preferia acabar com tudo daquela forma abrupta, 
Um pouco cruel talvez, porém o sofrimento poderia ser menor, 
Durar menos tempo que toda aquela angústia de não saber o que fazer. 
Talvez ele sobrevivesse a tudo aquilo, 
Mesmo ficando com uma cicatriz profunda, 
Mas só o tempo poderia dar a resposta.

Noite insólita


O sussurro da noite invadia as sombras da noite, 
Seus passos eram apertados, sem direção alguma, 
Porém o importante era seguir em frente, 
Em busca daquilo que lhe fazia tão bem. 
Sua distração não o permitia ver o que o acompanhava. 
O silêncio o inquietava, às vezes, 
Mas dessa vez o silêncio tinha voz, 
Soava em seus ouvidos, era dilacerante. 
Ele prendia o seu ar, por isso tanta pressa. 
Ele queria estar em casa, 
Para poder se afogar, se livrar de tudo aquilo. 
Seu tormento lhe era conhecido, velho amigo, 
Já o atormentara outras vezes. 
Agora, o mais fácil é fugir. 
Mas, andava distraído. 

O fim?


E parece que ele chegou. 
Mais uma noite insólita, mais uma ferida para guardar. 
Não sabe mais onde se esconder. 
A escuridão não esconde suas lágrimas, seus pensamentos não são vazios, 
Ele tem muitos companheiros, mas por causa deles ele continua sozinho. 
Quem poderia imaginar um final assim sem explicação? 
Do nada tudo se foi e não precisava mais ter que lutar, 
Entretanto, como agradar um guerreiro sem suas batalhas para vencer?
Desistir não fazia parte dele, mesmo não sabendo mais com que lutar. 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Prefácio - Palavras tantas palavras


Palavras, doces palavras. 
Tantas expressões, significados, sonhos, promessas, 
Tantas coisas que se prendem em palavras. 
Nem tudo que precisa ser dito está dentro das palavras,
 Pois as palavras podem esconder o que realmente queremos. 
Elas nos contam a história que precisa ser dita, talvez não da forma correta, 
Porém as histórias precisam de palavras, expressas em suas diversas situações. 
Verbos de ações, decepções ou de estado. 
Um infinito expresso no meio a um vazio, um espaço em branco, um pedaço faltando. 
Toda palavra tem sua história, 
Por isso que gostamos de nos comunicar por meio de palavras, 
Para que nossas histórias se tornem conhecidas: 
Dor, sofrimento, risadas, momentos, lembranças, não importam. 
São apenas palavras que precisam ser ditas, que dilaceram almas, 
Mas também confortam corações. 
Qual sua história favorita? Aquela que acaba bem? 
Ou aquela mais realista, em que a dor não é abafada pelos finais felizes? 
No fundo isso não faz sentido, pois enquanto muitos choram, outros celebram. 
Os finais felizes existem apenas para aqueles que acreditam nele. 
Então, como começar uma história? Pelo começo, meio ou fim? 
Será que no fim seremos felizes? Ou os momentos felizes foram ao longo do caminho? 
Ou mesmo foram no início de nossa jornada? Será que há um fim? 
Será que acreditamos em nós mesmos? 
As mentiras que contamos talvez não fazem mais tanto sentido. 
Eu estou bem, mas não quero ser incomodado hoje, nem nunca mais. 
Palavras... 
Tantas palavras.